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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

RESENHA DA 2ª MOSTRA MIX MUSIC

          A primeira Mostra Mix de Música em 2009 era uma extensão da feira da musica. Organizada pelos jovens do Grande Bom Jardim para divulgar seus trabalhos autorais, e antecipar o grande evento (que seria a própria Feira da Música). Pois não é que o evento deu frutos, a segunda Feira Mix Music aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de agosto de 2010, como iniciativa do Centro de Defesa da Vida Herbert de Sousa (CDVHS) e da Cooperativa Underground (CUNDER), com o apoio do Movimento Independente de Rock e Cultura (MIRC) da Fundesol e do Shopping Solidário Bom Mix e com o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O que possibilitou um salto de qualidade incrível em relação ao outro evento.

Com a opção de continuar incentivando e dar amplitude aos artistas da região do Grande Bom Jardim. A Feira apresentou 13 atrações nos 3 dias de evento, foram os grupos Chicos, AS thy Death, Amorfo, Hard Stop, Marvem, Yeah!, The Good Gardem, Falácia, Tony Sousa, So So, Silence (Head Night) Calibre 39 e Atika 89. Algumas iniciantes, opção da Cunder para democratizar a feira. Mas alguns grupos que a muito vem se destacando no cenário musical Alencarino. A seguir a Resenha do Evento:

CHICOS

É muito bom ver uma banda começar e depois vê-la evoluir (comentei com o Wed Master no meio da apresentação dos caras), dos Chicos posso falar de bom gosto na escolha do repertório, um pouco de timidez (normal para a primeira apresentação) e muita, mais muita vontade de acertar, me lembrei dos caras de outras
bandas aqui do bairro do Bom Jardim isso a uns 17, 18 anos atrás como a Motivo de Anarquia e Protesto Explicito (também comentei isso com o Diabão Cabeça logo ali), é sempre bom renovação e espírito punk rock na cena isso dá muita forma aos que já estão à bem mais tempo, valeu Chico! Quem quer perfeição vá contemplar a natureza de preferência bem perto de fenômenos como o Katrina.

AS THY DEATH

Correria Inesperada, pessoas descendo as escadinhas que iniciam a pista que leva ao palco do Bom Mix, cabeças chacoalham freneticamente e o clima sombrio toma de conta da II Feira Mix, guitarras Estridentes, vocal rasgado e de qualidade e duas presenças femininas de competência. De quem estou falando? É sim, você que não é só um rockeiro de pé de rádio e que sabe freqüentar bons eventos sabe que estou falando da As Thy Death, o quinteto Black colocou a moçada pra suar e deu um show, gostei muito.

HARD STOP

Os Meninos são abusados, tocam as músicas dando a sua pegada própria, mesmo nas músicas covers, gostei muito de duas musicas autorais, pena que não me recordo o nome (estou ficando velho mesmo), mas em uma segunda oportunidade eu aprendo, o vocal é muito bom e sabe interagir, as guitarras são nervosas e bem executadas, a Hard Stop foi outra boa surpresa pra mim.

AMORFO

Se existia bandas que eu estava em falta eram a Falácia (com a nova Formação) e a Amorfo, pois não pude acompanhá-las nas suas últimas apresentações por conta de motivos de força maior (falta de transporte coletivo e muita cana na cabeça kkkkk), Amorfo foi um susto assim pra mim, César que eu chamei de Claúdio (veja só o meu estado kkkk) nos vocal me surpreendeu, muita força e competência.
SILENCE

A ultima da Noite (mas não menos importante) a Silence levou várias musicas do consagrada banda System Of A Down e ainda conseguiu boa receptividade do público que subiu no palco e curtiu com a banda mesmo com alguns problemas de microfonia ao final, a banda segurou o ritmo e esta de parabéns.

A II Mostra Mix na sexta feira à noite pra mim e pra todos que lá estavam, foi um sucesso, mesmo concorrendo com o período escolar, empregos, sub-empregos e bicos que aqui são comuns, o publico brindou as bandas com muita empatia e empolgação fazendo-se realmente parte da festa, sem aquela de ficar parado e roendo as unhas nos cantos, roda de bobo, gritos, bate cabeça, pulos do palco, foi isso que vi, senti e curti. E mais, avisa lá para os programas estilo Barra Pesada e 190 que o Bom Jardim não é só o Bairro da Violência: é também o Bairro do Rock’n roll.

Cicero Alexandre:

A Noite de sábado foi tudo aquilo que esperávamos, discursos poéticos, incentivadores e um rock marginal. Com o espaço do Bom Mix lotado, a primeira banda a se apresentar foi a YEAH! Mostrou um nível altíssimo, o evento mostra sua primeira característica, a sensualidade, com letras marginais por toda vida, sem nenhum respeito a descendia. O Hard Rock abre a noite de sábado e o pecado começou!

Marvem, banda que causou euforia no público com seu pop rock sofisticado de guitarra pesada como no metal, uma bateria sensual, técnica e pesada feito chumbo, no contra-baixo sensibilidade e o charme necessário e entre um cover e outro a banda mostrou sua identidade com letras poéticas mas com o alto astral imposto pela banda.

Ok!Moçada The Good Gardemnmnm...

sobe ao palco e o discurso está pronto e o verdadeiro aborto do rock progressivo se mostra e agora de cara nova. São os heróis, mas não como aqueles que estamos acostumados a ver, mas com um propósito de trazer ao público aquilo que se esconde atrás da caretice: a The Good Gardem lhes mostra o sexo explícito, a sensualidade e uma poesia de uma forma não abstrata, mas sim de forma nua e crua.

O que veio no fim da noite foi o que realmente, nunca pode acabar: o espírito punk trazido pela banda convidada da noite a FALÁCIA.


Banda que vem de uma renovação e de uma crescente que parece sem limites... Com mais peso e solos, a banda só encorpa o discurso critico e gritante em suas letras, e com indignação imposta pela banda, chegamos a uma conclusão que o Bom Jardim é o bairro do “vixe!” por exemplo: Vixe! No Bom Jardim existe uma cena Rock que se mantém viva há quase 20 anos. Vixe! No Bom Jardim existem projetos sociais. Vixe! Existe Cultura no Bom Jardim. Vixe! Existe a Cooperativa Underground (Cunder) ééé... vida longa ao Bom Jardim o bairro do Rock.


Wesley Tomaz:


29 de agosto último dia

O sucesso do evento nos Dois primeiro dias se confirmou no domingo com o público comparecendo e fazendo o do encerramento o evento que pede urgentemente, um bis.

O primeiro grupo a se apresentar foi Tony Sousa e seu Regional, único representante da feira que não pertencia ao estilo rock. Pois quando a feira foi idealizada tinha a proposta de apresentar as diversas manifestações musicais da região, mas, o que para mim não é surpresa, a resposta dos rockeiros foi intensa, ao abrirmos as inscrições 12 grupos já fecharam e fizeram as coisas andarem nos sites de relacionamento. Porém Tony Sousa não é um estranho no ninho é um artista que tem bagagem, além de ser muito querido por todos no bairro. O fato de sua nova linha de trabalho ser o regional, o tal Pé-de-Serra tornou sua apresentação mais inusitado ainda, porém os rockeiros na sua maioria adolescentes souberam entender e respeitar, mostrando uma maturidade que em outros cantos não se vê.

So So é uma das bandas iniciantes nos eventos da Cunder. Faz bem o estilo boy band com direito ao público feminino de causar inveja, mas as aparências enganam. Basta à guitarra soar pra sentir que o negócio dos caras é distorção. Muito cover! Esse é o ponto negativo, é preciso dar destaque ao autoral da próxima vez, o som autoral dos caras é cheio de estilo, num discurso não panfletário, como os punks das antigas, mas com criticas sociais. Esse novo Hard Core é a pegada dos caras lembra CPM22 e tal, mas no caso as letras do SO SO são melhores do que do CPM isso é sem sombra de dúvidas.

A Barbara “Barbie” Supertramp atrasou, por isso num lance de amigos o que foi muito legal entre as bandas e a organização a Atika89

subiu como a terceira atração ai CPM22 tomou de conta. Se SO SO musicalmente lembra os caras Atika89 é total! É impressionante notar a força do chamado Hard Core Melódico nessa garotada de 20 e pouco anos. Letras autorais românticas com peso ensurdecedor, ótimos vocais também... Eles tentaram fingir certa timidez, mas ta na cara que é falso, domínio de palco é excelente, os caras sabem o que fazem.

Encerado esse maravilhoso evento o público chapado da apresentação da Atika, entra Calibre39. Vamo sacar essa Barbie! É, é linda como uma Barbie, mas é uma rockeira de primeira numa banda dicumforça “?!” Barbara Supertramp, que leva em seu codinome o nome de uma das melhores bandas dos anos 70, arrasou mostrando seu inglês redondo, sua voz sublime e suas composições lisérgicas. Davilyn, tocando bateria, nem parecia aquele lesado que apresentava o festival no sábado. O cara toca muito, a banda a nível técnico esta entre as melhores atrações do festival e foi muito bom que fosse assim, pois um grande evento merece uma grande banda em seu enceramento. Esperamos que no ano vem possamos desbancar esse feira que acabamos de comentar. Vida Longa ou Rock’n Roll e vida Longa a Feira Mix.

Georgiano de Castro:
CUNDER: