Para todas as afirmativas dos mais variados gostos e intenções, nunca foi abstinência profissional, nem doença apenas, não se trata de ambição. Ninguém chegou perto de me compreender, dei voltas e voltas girando em volta do eixo, mudei minha frequência cardíaca, deixei uma pista de migalhas forjadas com meu próprio sangue, criei dois ou três personagens alter ego e esqueci da minha essência, pratiquei violência emocional, rasguei todos os meus versos e poesias. Mudei a abordagem com a comunicação universal, absorvì todas as possibilidades tecnológicas abdicando do meu conceito tradicional só pra tentar entender essa mudança dentro de mim. Me envolví com um amigo imaginário porque sozinho certamente não daria conta de tantas ideias, planos que saltam da minha imaginação e da ansiedade.
São todas as horas do meu dia, é cada raio de sol, cada passo, cada suspiro, todas as partes que me compõe como ser humano… tudo…tudo! E nada mais. Eu sinto muito por ser tão pouco suficiente e talvez ineficiente em mostrar-lhe um mundo novo. Não precisava ser a mais absoluta verdade, apenas vontade.
Era paixão o tempo todo. Paixão pela voz, pela fala, pela hesitação, pelo olhar, pelo sorriso, muito pela juventude. Me encantei por tudo. Até quando via algo errado mudava rápido meu ponto de vista. Dias, meses e anos se passaram, mas só nos resta o desconfortável e inútil silêncio. Não sou capaz de fabricar mentiras para moldar verdades, não hesito quando é preciso cuspir fora todas as mais lindas sensações que em mim habitam, nunca fui capaz de negar um milímetro da minha existência quando fui cobrado, pelo simples fato de estar completamente apaixonado!
