EM OUTRAS FREQUÊNCIAS

            Ouço vozes pelas ruas, escuto gemidos e não são de prazer, ouço frases
com temor, dizem que não á luz nessa escuridão,  á mortos por todos os lados; vivos
de espíritos mortos. Me pergunto se meus passos serão solitários e se a escuridão não cessar
o que faço? Vocês morrem o tempo inteiro apagam as luzes e pedem socorro, já eu acredito
em mim mas do que em vocês.

              Eestou de braços abertos e olhos humidos esperando que vocês entendam
o prazer da luta, o orgulho na queda, um abraço sem testemunhas e como seria bom ouvir
elogios sem segundas intenções. De quem será o proximo sepultamento? seu de novo?
onde está o prazer da vida longe da fortuna adquirida? onde ta a canção perfeita feita
pra sí proprio? eu dou o meu melhor pra mim e não gasto luz pra clarear seu blecaute.
O que é meu nunca será nosso, porque o que tenho são minhas sensações, talvez eu pareça
solitário com minhas sensações mas, lembre da ultima vítima que fez para dar um passo adiante,
lembre da multidão da qual faz parte e de maioria burra, lembre-se da fé que nunca teve;
estamos lado á lado e longe de estarmos juntos. Não reclame do tempo que resta
se o que passou não rendeu frutos, não sinta ódio se  isso não lhe agrega atributos.

              Estou sintonizado em outras frequências, estou caminhando
de pés rachados e não reclamo da dor, não posso parar agora aumenos que seja
para definir a proxima rota. Corram! corram! corram! sejam rápidos o quanto
puder, mas lembre-se km percorridos não te daram o que consigo  parado.