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domingo, 12 de abril de 2015

GASTANDO LUZ

             Conhecendo caminhos, entendendo preceitos, faço tudo sozinho e já não tenho conceitos, sobre conversas paralelas; não entendo discuções,
não entendo porque tantos caminhos se todos me levam á um só lugar.
Entre uma febre maquinária; um sorriso orgânico, uma verdadeira conversa entre olhares,
um piscar de olhos e já se foram mil palavras. Me sinto como se tivesse gastando luz (vida), entre dois lados escuros existe um corredor iluminado onde o perigo é comedido,
onde THE SMITHS faz o clima e te faz chorar.

               Estou ilhado por um mar de sensações, mas não devia, meu único objetivo é roubar-lhe a juventude, sou um vampiro conteporâneo, sem castelo ou maquiagem
sem vicios ou vantagens. Preciso de um coração novo, o que era novo já virou velho.
preciso sugar o que ha de mais maravilhoso em você, preciso gritar pra todo mundo
e dizer que estou ficando louco. Quero, entender o motivo de você ter um canivete na bolsa o tempo todo. Quero entender toda sua variação de assunto, quero uma festa rocker
só pra nós dois; quero a dança prometida. Quero surfar em alto mar e lá me sentir na crista da onda. Mas, cumpra com o prometido e não se apaixone, não faça da minha navegação um cruzeiro domestico. Não tem ancora no meu navio, nem tenho tempo pra parar. Vamos
gastar os proximos três meses como quem gasta luz, como quem navega sabendo que Vai fundar.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

MEMÓRIAS DE UM FUNERAL.

           O Dia nasceu sozinho sem a companhia dos atingidos, eu estava na segunda
grande guerra e não me lembro de ter dado um disparo. Não recordo dos amigos
nem concordo com os motivos de uma triste separação . Estamos todos juntos e não
nos conhecemos, como se não houvesse passado ou futuro, sem ritos de passagem,
sem fé,sem memórias. Lembro de ter estado na ASIA, de uma gueixa de olhos aguados
e de um olhar pertecente a mim. Essa é minha única lembrança das minhas aventuras
que só  me vem como um sonho bom. Mas preciso entender quem sensurou meus
talentos sensoriais, é nescessário saber como durmo feito aço bruto e acordo feito lama
todos os dias.
 
           Estou perdido no silêncio e ninguém me orienta , estou completamente apaixonado
e ainda não sei bem seu nome. Sigo as estrelas e nunca acerto o caminho, segui sua voz
e me afoguei num deserto de dúvidas. Dividimos o mesmo cemitério de animais, dividimos
ansiedade e o ponto que queremos chegar, achei que essa fosse a solução mas, virou alucinação. A
chuva começou a cair no deserto, paredes se erguen do nada e do nada vejo olhos pintados,
depois de alguns instantes me dei conta que estava dentro de um labirinto que nunca quis
estar, agora ficou explícito que estive morto esse tempo todo, cercado por memórias
e pensamentos. Foi só mais um sonho, mas acabou. Acabou de começar.