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sexta-feira, 3 de abril de 2015

MEMÓRIAS DE UM FUNERAL.

           O Dia nasceu sozinho sem a companhia dos atingidos, eu estava na segunda
grande guerra e não me lembro de ter dado um disparo. Não recordo dos amigos
nem concordo com os motivos de uma triste separação . Estamos todos juntos e não
nos conhecemos, como se não houvesse passado ou futuro, sem ritos de passagem,
sem fé,sem memórias. Lembro de ter estado na ASIA, de uma gueixa de olhos aguados
e de um olhar pertecente a mim. Essa é minha única lembrança das minhas aventuras
que só  me vem como um sonho bom. Mas preciso entender quem sensurou meus
talentos sensoriais, é nescessário saber como durmo feito aço bruto e acordo feito lama
todos os dias.
 
           Estou perdido no silêncio e ninguém me orienta , estou completamente apaixonado
e ainda não sei bem seu nome. Sigo as estrelas e nunca acerto o caminho, segui sua voz
e me afoguei num deserto de dúvidas. Dividimos o mesmo cemitério de animais, dividimos
ansiedade e o ponto que queremos chegar, achei que essa fosse a solução mas, virou alucinação. A
chuva começou a cair no deserto, paredes se erguen do nada e do nada vejo olhos pintados,
depois de alguns instantes me dei conta que estava dentro de um labirinto que nunca quis
estar, agora ficou explícito que estive morto esse tempo todo, cercado por memórias
e pensamentos. Foi só mais um sonho, mas acabou. Acabou de começar.

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