OTICA TARDIA

              Um poeta local um certo dia me disse: ''você o que você escuta.'' Essa foi
uma frase que me tomou a paz por muito tempo,por que isso mechou com minha essencia e influência.Será
que estava comçando meus estudos pelo avesso? endaguei aquela frase por 6 seis anos e nem
por um dia aquilo me saiu da cabeça.
               Eu tinha 17 anos e não sabia muito bem o queria saber,tinha o rock como meu aliado e um
pessimo habito depressivo,remanescente dos meus 15 anos. Sempre fui o melhor amigo de todos os meus amigos,mas praticamente não tinha uma amigo preferido,achava melhor me ter como o  único confiável;
mas isso não me impedia de se divertir ao lado dos bons amigos. Foi então que as luzes se apagaram
e meus olhos dilataram em meio a doses cabalares de um prazer doloroso da vida,com apenas 15 anos
estava me suicidando pela arte e o meu refrão predileto era:'' a morte é minha esperança.'' texto de um
amigo chamado wellington silva, onde o re-aproveitei e fiz do texto uma música ou melhor tireti o pino
da granada e á segurei com as mãos. Apartir disso,toda letra,música e semblante eram pura melancolia;
em momentos sobrios raros eu me perguntava de onde havia vindo tanta angustia? será dos acordes estridentes da guitarra de  kurt cobain? de suas letras irônicas e ardidas? ou viria tudo da minha pouca graça e de uma família falida? o certo é... o mundo havia parado numa estrada vazia e o sangue jorrava pelos olhos,
não tinha a benção de deus e me sobrava os cacos da  vida .
                Novamente aquela frase me tocou os sentimentos : ''você é o que você escuta.'' tentei provar para mim e para minha turma que aquela frase  não significava nada, aos 23 anos ainda não posso provar
isso,talvez por que não seja possível. De certa forma as cetas surgem no nosso caminho,seja sonoras ou visuais, isso se chama a diferença do que se pensa para o que se faz. Hoje  sou para o fracasso: a razão,
sou pra a desistencia: o otimismo da vontade, para o desespero:a reação. sou alegre, feliz e deprimido
mas sou infinito meu velho amigo.