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sexta-feira, 27 de maio de 2016

UNIVERSO NOS CENTÍMETROS DO CÉREBRO

No osso ou no aço de mim apenas um simples traço
Traços e traças não se diferem, ambos interferem.
Algo empalado dentro do meu ser que não me deixa ser,
Permita-me falar do ‘’nada’’ : o nada é tanta coisa
Que nunca saberei traduzir nem resumir sua complexidade
De verdade...triste vaidade que cabe no bolso, coroe o osso.
Ter um jeito peculiar, saber avaliar mas nunca voar,
Ter todo o dinheiro do mundo e nunca se ter,
Nunca se conter por conta própria.
O ego envolve tudo, menos glória
O ego não tem ação, é só uma sensação
Mas de verdade, prefiro ficção.
Prefiro ser extensão de uma máquina, correr a mil
Mas nunca ter pressa, sem essa de abdicar
Sem essa de ficar, raízes apodrecem.
Somos como uma planície que tem altos e baixos
Mas nunca longe do ponto mais alto, nunca sempre.

Estamos sempre em busca das respostas que não nos levam
Mas que não nos deixam exercitar o ‘’nada’’
O nada são tantas possibilidades que ainda não posso alimentar-se disso
Por hora não, estou repleto de osso, aço, água e fluídos
Na cabeça apenas ruídos, gritos e gemidos
 E tudo isso me impossibilita de existir.
Uma pausa para o silêncio de um deus
Um instante para os meus e os seus
É hora de desocupar o saloom, tirar de rota
Todos que compõe essa multidão deliberada
Que não sabem, nem suportam saber o que significa o ser e o estar.
Primeiro preciso ver o brilho de um acorde
Depois preciso ouvir o discurso sábio do silêncio.

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