Foi num dia qualquer em um sono profundo quando ouvi duas vozes estranhas batendo na minha porta, mas não chamavam por mim e sim pelo meu primo, anderson amsterdan (danzin). As vozes pertenciam ao cicero alexandre e ao georgiano de castro, pouco me importava quem fosse ou qual assunto, eu tinha sido acordado e isso não se faz (kkkkk). horas depois do ocorrido fiquei sabendo que se tratava de um convite para o anderson, tocar com a the good garden e isso a 11 onze anos atrás, foi nesse dia que comecei meu relacionamento com os good garden boys.
Eu, frequentei quase todos os ensaios da banda que ocorria na casa do georgiano e foi bem ai que houve um conflito passageiro. Para quem não sabe as discussões desse período eram desgastantes e imorais, mexia com o ego, ideologia, posicionamento, identidade. Pois o anderson era apenas um garoto afim de tocar guitarra e os demais ja convictos de seus objetivos . No fim de tudo eu, tava sempre no meio das agressões e por vezes me sentia agredido por tabela, foi quando passei a sentir ódio do georgiano dentro de sua propria casa. O alexandre? esse sempre foi o cara do link, unia água e óleo com maestria. As coisas andavam o tempo passava e pouco mudava, eu, todo grunge, anderson heavy metal seco, georgiano um verdadeiro TIM MAIA de tao fácil de lhe dar e o alexandre inegavelmente um sir mister classic rock. Nada era fácil nem precisava ser e foi percebendo o quão dificil era que a coisa aconteceu. dentro de nossas cabeças uma frase gritada: ''ninguém pode ser contra quem trabalha'', Eramos um trio de quatro.
Hora de acordar, numa manhã dessas fui na casa do cara que eu menos gostava na vida, eu vi o quanto o conhecimento do georgiano era profundo e meu amor pelo rock era maior que nossa diferença. Agente estudava rock e tomava café, agente estudava NEW WAVE e tomava café (forte e sem açucar) foi essência pura. O meu trato com o alexandre, nunca foi menos que amoroso, sempre cordial, as vezes parecia coisa de irmãos ou de pai para filho. com ele aprendi tudo sobre o underground da forma mais humana possível ele percebia que diante dos desatinos eu nunca abandonei-os.
Quando chegava dos eventos que a banda tocara, eu sentia saudade e saudade é amor na ausência. Parece que no mesmo instante houve compreensão plural o anderson se tornava o guitarrista mais virtuoso de toda cidade (embora dispensável) eu ja tava achando o CABEÇA (georgiano) amável e gentil, meu convívio com meu primo (anderson) se tornava agradável como nunca antes e sir alexandre conduzia essa confusão. Até que o andreson deixou a guitarra da banda numa despedida honesta, e a the good garden a deriva. A lacuna se fechou logo, o alexandre foi me visitar como de costume e cheio de interesse me perguntou; '' wesley, o wellington daria certo nas guitarras da banda?'' (hahahaha) não escondia de ninguém que meu hobby era tocar violão com o wellington e por isso sabia o quanto esse cara era fodido em compor letras e melodias, respondi enfático " o wellington é o cara! esse vai ser mais que musico, vai ser um membro da banda. Não sei o quanto minha opinião foi decisiva e nem me importo com isso, mas quando vi o primeiro show dos good garden boys com o wellington vi rock, vi compatibilidade, vi finalmente um conjunto power trio. o lobo (wellington) trouxe um pacote de musicas prontas, trouxe atitude, juventude? foda-se!
THE GOOD GARDEN é como uma gíria que é difícil negar, é um palavrão sem pedido de desculpa, é rock n roll agressivo, é auto produção, é underground, é verdade!
AMO ESSES CARAS COMO AMO POUCOS HUMANOS NA VIDA.
parabéns pelos 14 anos de estrada...
aaaa esqueci os primeiros anos da banda de proposito. kkkkkkk
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