Sob o céu pesado num flerte cortante, mesmo que o chão se abra em pecados estou bem perto de você. Perto do fim, bem ali onde começamos, entre tribos e placas de metal, nada mau para quem não sabia por onde começar. Vou cavando profundo sua pele e lambendo seu prazer antes do primeiro adeus. Você sabe que eu tenho razão! Todos sabem! Agora sou um andarilho cercado por muros, sorrindo feito um idiota e praticando a fé em mim mesmo. Eu tenho razão, quando digo que as fronteiras do universo são frágeis e nada é tão absoluto que não possa ser vencido por quem foi derrotado a vida toda. Sempre tive razão! Cada um no seu trilho de medo e eu com medo de me perder, perdas às vezes doem e às vezes impulsionam, comece perdendo a razão, daí virá um mar de possibilidades.
Quando tudo estiver pesado e você quiser morrer, lembre-se que eu tinha razão. No meio de suas melodias fúnebres, eu grito e desafino e tudo se parte em pedaços no chão. Como um anjo caído me encontrei na perdição, na contradição e na ironia de um sorriso sem emoção. Venha comigo e prove do caos, prove do gosto da morte, vivendo intensamente, prove para todos que eu sempre estive com a razão! Morte, você não tirou tudo de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário